terça-feira, 19 de abril de 2011

Quando a última lágrima cair.

Quando as músicas tristes não fizerem mais sentido nem tocarem mais ao sentimento reprimido, os pedidos de desculpas não serão mais aceitos e sua presença passar a ser totalmente ignorada, as inúmeras chances cedidas iram se extinguir e o seu amor não passará de mero passado apagado e esquecido. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Primeiros lapsos ao amanhecer.

Minha embriaguez não cede espaço para minha lucidez e em desequilíbrio sigo em passos em falso, onde me apoio em paredes e lembranças para continuar. No quarto solitário onde restam digitais e memórias olfativas, me perco em caminhos tortuosos que de alguma forma me levam a você. Provas e vestígios de sua presença são esquecidos para trás em meus lençóis amassados e perfumado pelo cheiro natural que emana do seu calor. Me vejo exausta, em pausa em frente aquela sensação viva que tive seu amor por alguns momentos, e fito meu olhar fixamente que circunstância alguma me tire daquele transe que me leva a cada milésimo utópico que se passou. Anseio para que o tempo decole, para que o álcool usado como antídoto de desilusões evapore por meus poros levando junto a si todas as certezas daquele deslize. O sol emite seus primeiros raios de vida, clareando aquele cenário e juntamente aquela alma atenta esperando o adormecer profundo e a amnésia daquela noite deplorável.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dias vazios. Noites frias.

Noites frias me remetem a você, sinto-me lisonjeada por estar acompanhada por minha xícara de café e meu cigarro, mas é como se ainda me faltasse algo, que eu sei exatamente o que, seus dedos preenchendo os espaço entre os meus enquanto as horas passam e junto com ela conversas, sorrisos, momentos e a madrugada chega despercebida. Tenho muitas lembranças que posso detalha-las como se tivessem acontecido a segundos atrás, no meu subcoinciente você ainda vai estar sentado na varanda a minha espera, ou quando estiver destraída vou ser pega de surpresa por um abraço inusitado, doces lembranças, meras lembranças.. Apenas lembranças, eis a verdade! Hoje eu sou a solidão que me acompanha, sou o barulho do vento que entra por minha janela, sou o coração que dispara quando a campainha toca, sou o vinho meiado esquecido entre taças semi-vazias, sou alguém que espera por você a todo instante. Noites frias me fazem querer pegar o telefone e discar seu número, como se na minha mente só viesse aquele, como se quando o vento frio soprasse ao cair da tarde, fosse um aviso prévio que eu seria mais feliz aquela noite. Me perco em pensamentos, agora que tenho tanto tempo para mim mesma, tempo o suficiente para que eu sinta a sua falta. As noites não pareciam tão gélidas desde quando passei a apreciá-las sozinha, talvez noites frias me lembrem a você, pois desde que você partiu todas tenham sido.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O silêncio dos que tem tanto a dizer.

Será que lhe soa bem aos ouvidos todas as minhas falsas verdades ditas? Como será que seus olhos enxergam meus sorrisos mentirosos? Preferiria que sua boca proferisse palavras que me magoassem e me atingissem, queria lutas verbais que me dilacerassem ao invés deste silêncio cruel que me destrói e essa sua indiferença inabalável. Queria que seu suor exalasse ódio e repulsa a mim, queria que todos os sentimentos ruins fossem demonstrados, que lágrimas fossem derramadas afirmando que tudo chegou ao seu ponto final, mas tudo não passa de súplicas para que esse vazio seja preenchido que esse silêncio torne-se audível. O seu silêncio me sufoca, me maltrata e por alguns segundos me faz pensar que ainda há vestígios de esperança em mim. Queria ouvir com todas as letras, vírgulas e sentimentos um "Adeus", tudo em troca desse sufoco de viver a mercê da espera de palavras que nunca seram afirmadas nem desmentidas. Não suporto mais essa espera, esse vazio, esse silêncio. Expectativas são diretamente responsáveis pelos desapontamentos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

É algo que só quem ama, sabe.

Talvez nesse exato momento milhares de outras pessoas estejam com o mesmo sentimento que eu, a sensação de vazio, de perda. Tanta gente chama de drama o que muitas pessoas passam e sabem o que é sofrer por amor, é um assunto tão cliché, algo que ultimamente é tão banal, que abrem a boca para expressar seu coração partido sem ao menos saber o que é uma decepção. O amor é algo divino, todos sabemos que é, mas e suas consequencias? Porque não são levadas em conta? Afinal, desde quando o "Pra sempre" se tornou algo tão raro? Porque talvez um dia nem tenha existido. Amor, é um sentimento que tem diversos ramos, diversos modos de sentir de expressar, mas e quando o assunto em pauta é a falta de amor? Quando o assunto a ser tocado é quando alguém que você ama não lhe corresponde? Será que ele fica tão bonito aos olhos dessas pessoas que passam constantemente por isto? É tão fácil encontrar inúmeras histórias de alma gêmea ou de amor a primeira vista, mas ninguém vai a fundo apra saber o fim delas, pois todos sabem que é o mesmo, todas terminam da mesma forma, a tristeza e a mágoa tomam conta do que um dia já foi amor. Há quem diga que o ser humano não é feliz se não tiver a quem amar, talvez tenha uma verdade por aí, mas eu afirmo com todas as letras que o meu amor próprio vem em primeiro lugar, já foram tantos amores mal resolvidos e acabados que hoje em dia eu não consigo encontrar quem eu era a tempos atrás quando cheguei a acreditar nesse truque de mídia, nesses finais felizes impostos pela sociedade utópica, pois hoje eu sou alguém que tem outros olhos, que consegue ver além de um simples "Eu te amo" que muitas vezes é proferido sem nenhum sentimento por trás dele, e o que essas pessoas ganham com isso? O que elas ganham destruindo os sonhos e planos de outras pessoas? Fazendo com que muitas delas se retraiam e vivam de lembranças dos dias que chegou a acreditar que era feliz por ser amada, mas hoje vêem que não vale a pena se mutilar por um sentimento que tantos correm atrás, mas quando sentem na pele os danos que ele pode lhe causar vê que não há volta.. Como poder explicar uma dor dentro do peito? Uma dor que não é física, que as pessoas não podem ver e não podem ajudar a sarar, onde o seu único remédio é muitas vezes inalcansável. Como poder explicar uma tristeza sem motivos aparentes para sentí-la? Como demonstrar que a falta de alguém nos machuca e nos dilacera? São tantas perguntas que só quem sente sabe a angústia da busca pelas respostas, só quem sente sabe como é ter seu próprio eu como inimigo, quantas e quantas vezes dizendo para si mesmo para não deixar as lágrimas caírem ou fingir que não importa tanto assim. É algo que só quem ama, sabe.